SINOPSE
Caros espectadores,
Avisamos desde já que esta peça, toda ela em inglês, não é uma espécie de aula cantada, dançada e encenada sobre a História oficial de Portugal, nem os atores meros guias turísticos que se limitam a narrar feitos, mal ou bem passados.
Este espetáculo é assumidamente uma comédia musical carregada de mistério, aventura, romance, drama e tragédia, que pretende servir de bilhete de identidade nacional e dar a conhecer a verdadeira essência do nosso povo, aquilo a que chamamos: Portugalidade.
E toda esta viagem pelo nosso império genético (“sentir tudo de todas as maneiras”) começa quando um casal de turistas embarca numa aventura com mais de 900 anos e juntamente com personagens icónicas do nosso país, travam também eles batalhas geográficas, políticas, religiosas, culturais e linguísticas.
No fundo, no fundo, aprendem a “desencascar-se”, um verbo tão forte que só existe em três “sítios” no mundo: no nosso dicionário, no ADN dos portugueses e na série MacGyver, pois é o único que, de forma rápida e com poucos recursos, consegue o impossível.
E por impossível entenda-se: declarar a independência de Portugal numa carruagem de metro; descobrir o mundo numa banheira destemida; a corajosa Padeira de Aljubarrota cozinhar um bife reconciliador para Napoleão Bonaparte e o Duque de Wellington ou simplesmente o ditador Salazar disputar uma partida de póquer com James Bond no Casino Estoril.
Fartos de serem emblemáticas estátuas de pedra do Chiado, Camões dos mil folhos e Fernando Pessoa dos mil heterónimos servem de cicerones na maioria das cenas desta odisseia e também aproveitam para medirem talentos e acertarem contas de egos.
Só que a realidade é mais cruel do que a ficção e ambos chegam à conclusão de que os seus best-sellers, “Os Lusíadas” e “O livro do Desassossego”, respetivamente, jamais vão conseguir rivalizar com a obra que todas as cozinhas portuguesas não dispensam: “Mil e duas maneiras de cozinhar bacalhau”.